Fique atento! Entenda como a LGPD impacta em sua vida. Ela passou a fazer parte do nosso cotidiano e é importante conhecê-la para se manter seguro.
Já parou para pensar em cada informação sua inserida em qualquer sistema, seja por você, ou não? Se questionou sobre a proteção desses dados e o risco deles serem utilizados sem a sua autorização?
Pois é, em Agosto, entrou em vigor aqui no Brasil a LGPD (
Lei Geral de Proteção de Dados), que veio para proteger o tratamento de dados. Ou seja, tanto você quanto sua empresa, estarão mais seguros!
Achou interessante? É preciso estar informado e entender a sua responsabilidade e da sua empresa, porque com a lei, todas as pessoas passam a ter maior privacidade e participação direta nos dados que fornecem como, por exemplo, nome, RG, CPF, CNH, e-mail.
A LGPD protege o tratamento de dados pessoais de pessoa física, mas uma pessoa jurídica também está sujeita a cumprir as regras da LGPD em situações que envolvem o tratamento de dados de seus clientes.
Muita informação, né? Fique tranquilo, a Blocktime Tecnologia está aqui para tirar todas as suas dúvidas sobre esse assunto que está dando o que falar.
LG o quê?
Com tantas tecnologias disruptivas, os acessos e os ataques cibernéticos estão cada vez mais constantes. Vivemos em uma época em que as informações têm muito valor e podem ser usadas de forma criminosa.
O próprio nome já entrega: a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) foi criada para a proteção dos dados pessoais. Ela foi sancionada em 2018, mas só entrou em vigor desde 18 de setembro de 2020. Antes de entrarmos em todos os detalhes, é importante entendermos o contexto em que a lei foi criada.
Incidentes como: o uso indevido de informações dos perfis pessoais de facebook nas eleições americanas em 2016, o caso do vazamento das fotos da Carolina Dieckmann em 2012, a invasão dos celulares dos procuradores da operação lava-jato em 2019, levaram à criação de leis específicas visando a regulamentação e a proteção do uso dos dados pessoais.
Na Europa, por exemplo, há uma maior preocupação e cuidado com o uso de dados sensíveis, pois existem problemas históricos relacionados a perseguições étnicas, políticas e religiosas. Por isso, essas informações devem ser tratadas com muito cuidado.
Desse modo, desde 2012, houve a elaboração de uma legislação específica para tratar deste assunto e em maio de 2018 entrou em vigor a GDPR (RGPD – Regulamento Geral de Proteção de Dados).
Para que o Brasil pudesse atender às exigências de troca de dados com a Comunidade Europeia, precisávamos adequar a nossa legislação e assim proteger os dados dos nossos cidadãos.
A nova lei estabelece regras sobre como os dados pessoais (de pessoa física) devem ser tratados nos meios físicos ou digitais. O objetivo dela é proteger os direitos de liberdade e privacidade do dono dessas informações.
Mas com tantas coisas envolvidas, é importante destacarmos os principais personagens desse novo cenário.
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Os dados
São informações que dizem respeito a alguém. Os dados pessoais permitem identificar o indivíduo de forma direta (RG, CPF, endereço residencial etc.) ou indireta (dados registrados durante seus acessos em aplicativos e sites).
Há também os dados chamados de sensíveis: que podem gerar discriminação e, portanto, merecem maior nível de proteção e cuidado. Exemplos: convicção religiosa, opinião política, filiação a sindicato, origem étnica ou racial, informações de saúde, vida sexual, genética e biometria, quando vinculados a uma pessoa natural.
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O titular do dado
Aquele a quem a informação pertence. Por exemplo, o dono do RG e/ou do CPF. Com a LGPD, o titular passa a ter direito a:
- Confirmar a existência do tratamento de dados pessoais;
- Consultar seus dados pessoais e o tratamento dado a eles;
- Corrigir, completar ou atualizar os dados pessoais que estiverem incorretos, incompletos ou desatualizados;
- Eliminar os dados que estejam sendo tratados de forma excessiva, desnecessária e/ou em desconformidade com a LGPD;
- Compartilhar seus dados pessoais com outros fornecedores por meio da portabilidade.
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Controlador
É o controlador que irá decidir e gerenciar como os dados serão tratados e utilizados. Tudo passa por ele: a coleta, o filtro, o processamento, a análise, a reutilização e até mesmo a eliminação.
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Operador
Após a decisão do controlador, o operador é quem vai lidar e executar os dados. A depender da sua empresa, o controlador e o operador podem ser o mesmo funcionário, ou até diferentes prestadores de serviço.
Se você olhou para todos esses personagens e não se identificou, é importante se atentar, pois a LGPD vale para todo mundo. De microempresa à multinacional, todos estão envolvidos.
Por exemplo, veja alguns exemplos que podem te ajudar a se identificar nesse contexto: ao fazer um cadastro de cliente com dados básicos, ao registrar algum empregado, ao elaborar um contrato, em todos esses casos, nem que seja o mínimo, há tratamento de dados.
E o que são os tratamentos de dados?
É considerado como tratamento tudo o que é feito com os dados dos titulares. Ou seja, ao coletar um dado, ele é inserido em seu sistema e é nesse momento que o ciclo se inicia, pois você estará com as informações do início ao fim. O ciclo de tratamento possui 3 etapas:
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Etapa de coleta de dados
É aqui que as informações são inseridas em um banco de dados, e aí, automaticamente, tornam-se responsabilidade de quem possui! Elas podem chegar de qualquer forma: um exemplo fácil: quem nunca fez um cadastro em algum e-commerce? E quem nunca inseriu nome, CPF e RG para uma pesquisa?
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Etapa de tratamento/classificação
Nessa etapa os dados precisam ser analisados com todo cuidado pois serão classificados conforme sua complexidade e assim, tratados com o direcionamento devido. Aqui, por exemplo, eles são categorizados como sensíveis ou não.
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Exclusão de dados
A última, mas não menos importante, é a etapa em que será determinado se os dados serão excluídos ou reutilizados.
Com a LGPD, fica instituído que o titular tem que consentir com todas as etapas do tratamento. A privacidade, como falamos, deve ser respeitada. Assim, todo e qualquer tratamento de dados deve trazer informações precisas e de fácil compreensão sobre:
- Como os dados serão tratados;
- Qual a finalidade do uso;
- Como serão protegidos;
- Quais os direitos como titular.
A LGPD assume a garantia do titular ao acesso, à exclusão, à revogação, entre outros. Ou seja, se existe qualquer manuseio de dados que passe pelas etapas citadas, é necessário que o titular tenha ciência para poder associar aos princípios da lei.
E caso a empresa não cumpra?
A LGPD possui uma lista severa de medidas que vão desde simples advertências com prazo determinado a multas de até 50 milhões! Dada a importância da lei, foi criado um órgão federal específico para tratar exclusivamente da proteção de dados. A ANPD (Autoridade Nacional de Proteção de Dados) é quem vai fiscalizar tudo.
Na prática, o encarregado será responsável em intermediar entre a empresa e a ANPD. Essa fiscalização pode vir por meio de auditorias com pedidos de relatórios de tratamentos de dados, visando sempre a proteção do titular.
Por isso, todas as empresas envolvidas devem investir em uma política interna de tratamento de dados severa. Além da capacitação, é necessária conscientização para não pagar um preço alto por subestimar a lei.
E a LGPD é aderente ao novo normal?
Se a sua empresa adota a
prática do home office, com certeza ao ler esse artigo você pensou nisso. Como vimos, nada escapa, e é essencial possuir políticas de trabalho remoto.
A LGPD é aplicável sim nesse contexto. Mas para isso, como mencionado acima, é necessário um normativo a ser seguido, pois, assim como na empresa, em casa os dados também estão vulneráveis a qualquer pessoa, sem a prévia autorização.
Ainda assim, existem algumas medidas fáceis e preventivas que podem auxiliar a esse aculturamento:
- Bloqueio de tela automático;
- Monitoramento do dispositivo;
- Bloqueio das informações para que não sejam salvas na unidade local do computador;
- Criptografia para que, no caso de violação do dispositivo, os dados não sejam acessados.
Além da LGPD é preciso investimento na
Segurança da Informação da sua empresa. Essa fusão trará maior tranquilidade para a condução das mesmas atividades tanto no home, quanto na empresa.
Não deixe de se informar e buscar soluções e adaptações ideais para você e para a sua empresa. Nós, da Blocktime Tecnologia, estamos aqui para auxiliar e apresentar a
melhor solução para você, conte conosco para um diagnóstico de qualidade que garanta a proteção de todos!